sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Campus Party: saiba como o evento consegue oferecer 20 Gbps de internet para os participantes

Este texto abaixo é uma Reprodução completa do texto de  Rafael Arbulu, publicado da maneira que está abaixo. Campus Party

Rafael Arbulu
Nos últimos dois anos, a edição brasileira da Campus Party sofreu, de uma maneira ou de outra, com a sua mega rede web. Em 2010, o evento teve sua estrutura invadida, e algumas baias foram impedidas pelo hacker de acessar alguns sites. Em 2011, o evento contou com uma rede relativamente estável, mas o infortúnio da queda de energia gerou críticas extensas. Mas, em 2012, os organizadores do evento querem minimizar as possibilidades de problemas.

A Telefônica já anunciou que a Campus Party deste ano contará com mais geradores de emergência justamente para manter tudo ligado em caso de queda de energia. Mas e quanto à internet? Como garantir não só a segurança, mas também a estabilidade dela?

Quem acompanha o Olhar Digital, já sabe que a internet na Campus Party terá o dobro de velocidade em relação ao evento do ano passado - ou seja, 20 Gbps. A tecnologia é oferecida pela HP e chama-se "FlexNetwork". Antônio Mariano, gerente de pré-vendas e projetos da empresa, salienta que, no caso da feira, duas conexões de 10 Gbps serão diretamente ligadas à rede da Telefônica, além de 20 roteadores ligados em configuração redundante.

Complementando a estrutura, 150 switchers estarão espalhados pelo Parque Anhembi, onde acontecerá o evento. Um software chamado IMC - Intelligent Management Center - completa o pacote com um painel de informações em tempo real sobre o desempenho da internet. Em outras palavras, em caso de falha de qualquer espécie, os administradores da rede saberão na hora.

Usando o próprio exemplo da invasão de 2010, Mariano também explica que o FlexNetwork é configurado com mecanismos de auto-proteção: "No caso de ativação dos sistemas de defesa, como alguém tentando acessar o admin, por exemplo, toda a parte de gerenciamento funcionará em uma rede separada. Desta forma, não há como os participantes do evento controlarem a estrutura, uma vez que o acesso administrativo dela estará correndo em paralelo, longe deles".

A mesma segurança vale para eventual queda de energia. Contando com os geradores extras da Telefônica, Mariano explica que eles usarão um sistema chamado de "IRF" - ou Intelligent Resilient Framework - para gerenciar oscilações dessa linha: "Apesar de termos dois equipamentos físicos, o IRF vai interpretá-los como se fossem apenas um. Se um deles for fisicamente desligado - puxado da tomada, por exemplo - a rede não sofre grandes traumas e retorna devido à redundância do outro equipamento. O tempo de downtime é de aproximadamente 50 milissegundos", completa.

Mariano afirma que o investimento feito para o uso do FlexNetwork foi de aproximadamente US$ 1 milhão. Todo a negociação foi feita com o time organizacional da Campus Party espanhola - onde o time principal do evento e a matriz da Telefônica estão localizados. Mariano ressalta que o equipamento é itinerante, ou seja, a mesma estrutura da Espanha será aplicada aqui, e vice-versa.

O Olhar Digital estará na Campus Party com cobertura especial - tanto no site quanto na TV. Lá, vamos colocar a tecnologia da HP à prova. E você? Vai nos encontrar por lá?

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